Governo do Amazonas leva oportunidades de desenvolvimento à comunidades de Parintins

Divulgação IDAM

Oportunidades de desenvolvimento a agricultores que produzem apenas para subsistência são prioridades do Governo do Amazonas, que por meio da assistência técnica e crédito rural está incentivando famílias de três comunidades rurais (Mocambo, Caburi e Vila Amazônia) de Parintins a produzirem produtos agropecuários em maior escala. O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), órgão oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural, como parceiro técnico da Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), é responsável pela seleção das famílias, vistorias nas propriedades, apoio na documentação e elaboração de projetos para financiamentos. O atendimento para a linha de microcrédito Banco do Povo iniciou nesta segunda-feira, 8 de maio, nas localidades.

 No Caburi, Mocambo e Vila Amazônia, a mandioca, fruticultura e pecuária são algumas das culturas em desenvolvimento, cuja produção também atende Parintins. “Esta é a primeira vez que a Instituição destina um orçamento específico para cada localidade, de R$ 250 mil, com atendimento exclusivo na comunidade, além de R$ 650 mil para a cidade Parintins”, explica o diretor-presidente da Afeam, Alex Del Giglio.

De acordo com o gerente do IDAM em Parintins, Lucivaldo Pereira, para que agricultores dessas localidades tenham acesso aos financiamentos do Banco do Povo, técnicos do IDAM realizaram um mutirão nas comunidades para emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf, Carteira do Produtor Primário e Cadastro Ambiental Rural , que são documentos indispensáveis na hora de financiar um projeto. Além disso, o IDAM atuou com vistorias nas propriedades e levantamentos de demandas do setor rural. Segundo Lucivaldo,  cerca de 25 comunidades da Vila Amazônia, 12 de Caburi e 8 de Mocambo participam com projetos para financiamentos.

Desde quando a Afeam foi criada, em 1999, a Instituição já investiu R$ 35,9 milhões no município conhecido como a terra dos bumbás Garantido e Caprichoso. O valor foi aplicado por intermédio de 7.860 operações de crédito realizadas pela Instituição.

Reuniões – No último domingo, dia 7, técnicos da Agência de Fomento e dos parceiros na ação, Sebrae e Idam, reuniram centenas de produtores rurais, além de prestadores de serviços e comerciantes que vivem nessas comunidades às margens do Rio Amazonas. Nesse período do ano, muitos vilarejos e plantações são completamente inundados por conta do transbordamento dos rios, afluentes e lagos.

No Mocambo, Lidermol Teixeira tem planos para ampliar a área cultivada, principalmente de mandioca. “Quero aumentar a produção, melhorar de vida e o financiamento da Afeam é uma grande oportunidade”. O mesmo pensamento tem Elizângela Figueira e seu marido, o pescador Jocinaldo Almeida. “Precisamos de uma canoa maior e de uma freezer, para fazer gelo e assim pescar mais”, explica ele.

Como explica Togo Meireles, coordenador de Atendimento da Afeam e da ação de lançamento do Banco do Povo no Mocambo, Caburi e Vila Amazônia, atender a agricultura familiar e os pequenos empreendedores, com crédito a juros subsidiados (3% ao ano), é o objetivo da Instituição. “Somos uma agência que tem uma função social muito grande, que leva esperança, desenvolvimento aos que mais necessitam”, destaca o coordenador.

Esperança – Em Caburi, o desejo em crescer não é diferente. Ana Cleide dos Santos esteve no lançamento do Banco do Povo na Escola Estadual que leva o nome da localidade. Ela tem quatro filhos e o seu sonho é poder aumentar a criação de galinha. “Estou aqui para saber como funciona o financiamento. Gostaria muito de conseguir cinco mil reais para aumentar a nossa criação de galinha, isso ia ajudar muito a melhorar a nossa vida”, afirma.

Na Vila Amazônia, a mandioca, a principal cultura explorada pelas famílias de agricultores locais, começa a ser mecanizada. Além do aumento da área plantada, Idam e o governo local acreditam que esse é o investimento a ser ampliado, destaca o secretário municipal de Produção, Edy Albuquerque. “Vamos aproveitar o investimento da Afeam para que no próximo ano esse recurso seja ainda maior”.

Raimunda Machado sempre viveu da agricultura e apesar da idade, continua com muita vontade de continuar trabalhando na terra. “Hoje não tenho uma área, mas isso não é problema, posso trabalhar na propriedade de outra pessoa, o que eu quero é produzir”. A mesma determinação tem Nilcélia da Silva Pereira, que busca financiamento para sua família plantar mais mandioca. “Queremos aumentar a roça e também plantar mais banana, cupuaçu”.

Fonte: Afeam

Acréscimo de informações/ Idam