Unidades locais do Idam auxiliam produtores rurais afetados pela enchente

Agricultores familiares dos municípios de Manicoré e Atalaia do Norte estão sendo atingidos pelas cheias dos rios Madeira e Javari, respectivamente. As unidades locais do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) têm trabalhado em conjunto com o poder público municipal a fim de auxiliar as famílias afetadas.

Em Manicoré, há uma comissão específica para auxiliar os afetados pela enchente composta pela Defesa Civil de Manicoré, o Idam, Secretaria Municipal de Agricultura, Produção e Abastecimento (Semapa), entre outras pastas municipais, o Posto da Afeam em Manicoré, Guarda Municipal e vereadores. Cabe ao Idam e a Semapa a responsabilidade de fazer o levantamento dos prejuízos econômicos que os agricultores familiares devem sofrer devidos às enchentes e informar ao agente financeiro da real situação dos projetos financiados.

O município de Manicoré já consta na lista do Governo do Amazonas por ter declarado Estado de Alerta. Os agricultores familiares que têm seus plantios na área de várzea baixa já foram atingidos pela enchente do Rio Madeira, como acontece anualmente. A expectativa é quanto aos agricultores que têm seus cultivos na área de várzea alta, segundo a gerente da unidade local do Idam/Manicoré, Mariza Lisley. Entre as culturas mais praticadas na área de várzea na região estão o cultivo de jerimum, macaxeira e melancia.

Em 2014, quando o município sofreu com uma cheia histórica foi disponibilizado uma balsa para que tratores, por exemplo, fossem levados até a cidade em uma área alta de terra firme e a gerência do Idam já solicitou auxílio da Prefeitura de Manicoré e da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) para que uma balsa faça o transporte, novamente, destes implementos agrícolas.

Em Manicoré, produção de banana tem sido afetada pela cheia do rio Madeira

Outra preocupação do Idam/Manicoré é quanto às atividades no pós-enchente. A agricultora familiar, Maria Ana Hipy da Costa, da Comunidade Boa Esperança, em conversa com a gerente do Idam, ressaltou que é importante o fomento de mudas de banana nesse período, pois a recuperação dos plantios é a situação que mais preocupa, pois não se pode controlar a enchente.

A gerente do Idam acrescenta que a unidade local realizará capacitação através de metodologias grupais para confecção de canteiros de mudas, principalmente, mudas de banana. Além da capacitação, o Idam vai emitir laudos de vistoria creditícia para os produtores rurais financiados pelos agentes de fomento.

Segundo Mariza, o rio tem subido dois centímetros por dia, porém, quando chove sobe entre seis a oito centímetros. A estimativa é que o rio Madeira continue subindo até abril e que em maio se inicie o pós-enchente.

Atalaia do Norte – Já no município de Atalaia de Norte, que também declarou Estado de Alerta por conta da cheia, um total de 17 famílias de produtores rurais foram afetadas, segundo o gerente do Idam/Atalaia do Norte, Patryck Sandoval.

Na Comunidade São João há 13 famílias de agricultores familiares que foram afetadas pela enchente, um total de 56 pessoas. As perdas de produção afetam o cultivo de mandioca, coentro, cebolinha, pimentão, de galinhas e porcos.

Na Comunidade Conceição quatro famílias de produtores rurais já foram atingidas pela cheia deste ano, um total de 20 pessoas e, entre as perdas estão produções de mandioca, milho e galinhas caipira.

Patryck acrescenta que a preocupação da gerência do Idam/Atalaia do Norte é quanto à subida do nível do rio Javari que deve se estender até o fim de abril. A prefeitura municipal e entidades estão trabalhando em conjunto para atender a população afetada pela enchente.

Confira a lista atualizada da Defesa Civil do Estado:

Fonte: Defesa Civil do Amazonas