Audiência pública em Itacoatiara discute o manejo sustentável do jacaré

No dia 15 de março aconteceu uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Itacoatiara, onde se tratou do manejo do jacaré na região. Estavam presentes representantes do Sistema Sepror, dentre eles o diretor de Assistência Técnica e Extensão Florestal (DITEF), Malvino Salvador, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam),  juntamente com  a Agência de Desenvolvimento Sustentável Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf),  membros da  Secretaria Municipal de Meio Ambiente, (Sema), Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam), bem como, vereadores, representantes da Prefeitura Municipal e outras autoridades políticas.

Autoridades que integravam a mesa, dentre eles o representante  do Idam, Malvino Salvador de blusa branca.

Merece destaque o fato de que havia vereadores de outros municípios na audiência pública, sendo eles de: São Sebastião do Uatumã; Silves; Barcelos; Santo Antônio do Içá; e Urucará. Todos esses legisladores interessados no manejo do réptil, que no Amazonas, se caracteriza por contar com várias espécies, sendo que as mais conhecidas, popularmente, são o Jacaré Açu e o Jacaré Tinga, este de menor porte.
Na ocasião foram discutidas questões de natureza ambiental, no que diz respeito ao abate em larga escala; legais, referentes à legislação estadual e federal; e de mercado, sobre sua viabilidade econômica.
A indústria de couros tem grande interesse no couro do jacaré, porque ele serve de matéria prima para confecções de bolsas, carteiras, botas e uma série de outros utensílios usados no mundo da moda. Mas é no consumo de sua carne, com baixíssimos índices de gordura, que se encontra o filão do mercado de alimentos, mesmo porque essa carne branca também é salutar para manter os índices de colesterol de forma equilibrada.

Público participante da audiência pública em Iatacoatira

O Amazonas tem milhares de jacarés, em alguns casos com superpopulação, como se observa no Lago do Rei no Careiro da Várzea; na reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá no município de Tefé, no Médio Solimões; bem como em vários lagos e Igarapés e rios de Itacoatiara; no Baixo Amazonas.
O diretor Malvino Salvador disse “que há todas as condições para se implantar o manejo sustentável do jacaré no Estado, sem afetar o equilíbrio da fauna nas calhas dos rios e lagos do Amazonas”. Ele frisou também que tem que se aumentar o esforço político tanto da bancada amazonense em Brasília, como também do Lesgislativo estadual, para que se permita o abate manejado, para que as populações tradicionais dentro e fora das unidades de conservação, possam ter mais uma fonte de renda com a carne e o couro do jacaré”, salientou.
Destacou, igualmente, que existem estudos avançados da cadeia produtiva do jacaré e que a superpopulação desses répteis, acaba concorrendo com outras espécies.