Governador do Amazonas, professor José Melo, apresenta Matriz Econômica Ambiental para Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

FOTOS: JOEL ARTHUS/SECOM

Depois de lançar oficialmente a nova Matriz Econômica Ambiental como política de Estado, o governador do Amazonas, professor José Melo, apresentou a alternativa, que é a principal proposta de crescimento econômico para a região e alternativa para a Zona Franca de Manaus, aos membros da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). A apresentação aconteceu na noite desta quinta-feira, 9 de fevereiro, durante a 1ª Reunião Ordinária da Diretoria da entidade em 2017.

Na ocasião, o governador destrinchou as principais propostas da Matriz, que já tem orçamento de R$ 450 milhões previstos para este ano, que fomentarão a implantação de uma nova economia sustentável focada no desenvolvimento de projetos voltados para as riquezas naturais do Amazonas, tais como a piscicultura, fruticultura, fármacos, cosméticos, entre outros.

Melo falou da importância da participação dos membros da federação na construção do novo modelo econômico. “Não se faz nada sozinho. Você não atinge as metas sociais se não tiver emprego e renda, que são gerados pelos empresários. Então, a Matriz não vai deslanchar se os empresários não entenderem do conceito e estiverem dispostos a investir seu dinheiro. Portanto, temos que anunciar a proposta em todos os lugares, mas principalmente entre os empresários”.

O governador fez questão de reforçar que ambos os modelos econômicos, tanto o atual, movido pela indústria, quanto o proposto por ele, vão trabalhar em conjunto. “Primeiro, a Zona Franca de Manaus é muito importante para nós, mas ela precisa de um irmãozinho para que tenhamos um modelo econômico mais equilibrado. É aí que entra a Matriz, com uma proposta de exploração sustentável de todos os recursos que a natureza nos deu. Lembrando, nenhuma alternativa exclui a outra, muito pelo contrário, elas se complementam”, afirmou o governador.

Decreto – Durante a cerimônia, o governador José Melo assinou um decreto que inclui as federações do Estado na comissão que irá rever os incentivos fiscais no Amazonas. “A lei nos impõe que de dez em dez anos façamos a reavaliação dos incentivos fiscais. Nós estamos incluindo, na comissão que vai fazer isso, as federações das indústrias, comércio e da agricultura, pois nós queremos conceder uma lei que seja feita a muitas mãos, para que ela tenha um conceito de equilíbrio, com recursos suficientes para nosso povo e que também os empresários possam continuar gerando emprego e renda. Portanto, não dava pra eu fazer isso sozinho com meus técnicos”, explicou.

Para o presidente da Fieam, Antonio Carlos da Silva, a medida mostra o comprometimento do Governo com o desenvolvimento do Estado. Segundo ele, a Matriz e a nova proposta para a lei de incentivos, tornarão a economia amazonense atraente para investidores. “Essas medidas tornam o Amazonas mais forte e dão segurança para os investimentos. Passamos por um momento difícil, com a perda de um grande numero de empregos no Pólo, ainda não temos grandes expectativas, mas graças a gestão do Estado, feita pelo governador José Melo, estamos com certeza no caminho correto para recuperar o crescimento”, afirmou.

BR-319 – Como alternativa de escoamento para a produção e também para acabar com o isolamento da região, Melo também apresentou um projeto de solução para sanar os problemas ambientais e de estruturas enfrentados pela BR-319, proposta feita ao ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, durante sua visita ao Amazonas.

De acordo com o governador, a implementação do conceito de estrada-parque, já utilizado na Europa e em vários países do mundo, o envelopamento, a construção de passagens aéreas e subterrâneas para os animais da região, o monitoramento eletrônico, a presença do Exército e a criação de projetos para as populações que vivem na estrada tornariam o projeto viável e a estrada trafegável. “O ministro se mostrou favorável a nossa sugestão e inclusive nos chamou para a discussão daqui a dez dias. Nós pretendemos investir sim, pois entendemos que a BR-319 é essencial para a Matriz que estamos desenvolvendo e com ela vamos acabar com esse isolamento e o povo do Amazonas vai poder se conectar ao resto do Brasil com uma via que não seja aérea”, finalizou José Melo.

Fonte: Secom