MELHORIA DA QUALIDADE DA FARINHA E OUTROS DERIVADOS DA MANDIOCA

A farinha faz parte da alimentação básica da população do Estado do Amazonas que tem um consumo per capta de 58 kg totalizando um consumo estimado de 184 mil toneladas anuais.
A produção de farinha em sua totalidade é feita artesanalmente e produzida com a finalidade principal para o auto-abastecimentos das famílias, comercializando o excedente no mercado local e com intermediários para o mercado regional e estadual.
As condições de infraestrutura dos agricultores familiares associadas ao desconhecimento das boas práticas de fabricação de alimentos e, muitas vezes, devido a pouca sensibilidade na utilização desse instrumento, tem produzido um produto de baixa qualidade, tanto no que diz respeito a granolometria, cor, sabor, teor de umidade, acidez como no aspecto sanitário.
A atividade tem grande importância econômica e social, estando envolvidas cerca de 66.353 famílias, que exploram pequenas áreas, em média 1,5 hectares . A produção de farinha em 2008 totalizou 183.724 toneladas.
O serviço público de extensão rural do Estado do Amazonas, atualmente executado pelo IDAM, ciente desta situação e com base na identificação de problemas relacionados a comercialização notadamente devido ao baixo preço de aquisição pelos compradores, geralmente donos de barcos (recreios) ou outros atravessadores, vem desenvolvendo um trabalho voltado a melhoria da qualidade da farinha através de metodologias participativas e capacitação. Nos últimos 3 anos foram realizados cerca de 60 cursos para 1.200 agricultores familiares, focando as boas práticas de fabricação de farinha e outros derivados de mandioca. Também foram implantadas 33 Unidades Demonstrativas de Casas de Farinha artesanais, oferecendo condições higiênicas para a fabricação de farinha e outros derivados da mandioca e servindo de referência para a construção de novas unidades fabris.
Em 2009 estão previstos 73 cursos voltados a melhoria da qualidade da farinha e a implantação de 42 Unidades Demonstrativas de Casas de Farinha Higiênicas.
Estes esforços vêm permitindo aos agricultores a produção de farinha de boa qualidade se refletindo na melhoria de preço recebido e a oferta de um produto limpo aos consumidores.
Este é um trabalho que está sendo fortalecido, inclusive com a capacitação de técnicos multiplicadores nas Unidades Locais do IDAM do interior do Estado e nossa meta é atingir pelo menos 50% dos agricultores familiares.