O projeto “Conhecendo as abelhas indígenas sem ferrão: a Meliponicultura como alternativa econômica para a agricultura familiar” reúne técnicos, alunos e produtores na zona rural de Manaus

Encerra no próximo sábado, 8 de julho, o projeto “Conhecendo as abelhas indígenas sem ferrão: a Meliponicultura como alternativa econômica para a agricultura familiar”, realizado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM); Pró – Reitoria de Extensão, Faculdade de Ciências Agrárias e Departamento de Ciências Florestais, em parceria  com o Governo do Amazonas por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM) e Faculdade Salesiano Dom Bosco. O evento acontece no Meliponário Sucupira, na propriedade da agricultora Aldenora, ramal Bela Vista, 281 -Puraquequara, zona rural de Manaus.

O projeto reúne alunos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Faculdade Nilton Lins, técnicos do IDAM e produtores rurais e tem como objetivo apresentar informações básicas sobre a criação de abelhas indígenas sem ferrão e sua importância ambiental.

De acordo com a bióloga e gerente de Apoio a Produção de Animais Silvestres do IDAM, Eliane Débora Soares, a proposta do projeto é treinar técnicos e produtores no manejo de abelhas indígenas sem ferrão para a produção de mel em parceria com a UFAM/FCA/DCF para que possamos contar com multiplicadores da atividade em outros municípios do Estado. “Durante o curso mostramos o nivelamento básico de morfologia, divisão de trabalho e manejo para produção do mel. Também são repassadas orientações sobre como proceder para iniciar um meliponario”, encerrou Eliane.

Para a coordenadora do projeto Profª. Drª Norma Cecilia Rodriguez Bustamante do Departamento de Ciências Florestais da Faculdade de Ciências Agrárias da UFAM, o projeto tem como objetivo incentivar maior número de pessoas para a criação de abelhas sem ferrão, colaborar com a implantação de meliponários, garantindo desta forma, a manutenção das várias espécies criadas no Amazonas e a diversidade dos recursos naturais; repassar conhecimento da biologia, comportamento e manejo das abelhas indígenas sem ferrão; flora meliponícola, por meio de aulas teóricas e práticas e apresentar a atividade como uma alternativa a mais de renda para a agricultura familiar.

O projeto tem como coordenadora a Profa Norma Cecilia Rodriguez Bustamante, Prof. Luís Barros Filho Vice-Coordenador e como organizadores e colaboradores o Prof. Klilton Barbosa da Costa,  Camile de Azevedo Corrêa, Jekiston de Souza Silva, Juliana Sousa de Holanda, Lauana Silva da Costa, Miza Emanuelle Alves Bentes, Wallace Nunes Santos, a engenharia  florestal Débora Coelho e a bióloga e gerente de Apoio à Produção de Animais Silvestres do Idam, Eliane Soares e o técnico Jarbas Breves.

Conteúdo do Programático

Com uma carga horária de 24 horas, o curso vem sendo realizado aos sábados em três segmentos, conforme a programação abaixo:

Dia 24/06 – Classificação das abelhas e suas principais características dos gêneros Melipona e Trigona; Distribuição de geográfica das abelhas no mundo e no Brasil; Manejo de Meliponicultura teórica e prática; Importância da criação de abelhas sem ferrão, Implantação e Manejo de Meliponários; Uso de caixas racionais para manejo de Meliponíneos (transferência de caixa rústica para caixa racional e de tronco para caixa); Multiplicação de colônias (teoria e prática).

Dia 1º/07 – Metamorfose das abelhas;Diferença entre vespas e abelhas; Divisão de trabalho; Coleta de néctar, polén,resina, barro, produção de mel e pólen, comunicação, defesa; Ninho de Meliponicultura.

Dia 08/07 – Espécies de abelhas sem ferrão na Amazônia; Flora Meliponícola; Inimigos naturais das abelhas; A Meliponicultura como alternativa de renda na agricultura familiar no Amazonas.

O evento contou com apoio da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), vinculada ao Sistema Sepror, Faculdade Salesiano Dom Bosco e da Universidade Federal do Amazonas /PROEXT/FCA/DCF.

Meliponicultura

A criação de abelhas indígenas sem ferrão é uma atividade que contribui para a conservação ambiental, pela polinização que exercem e que se enquadra, perfeitamente, aos conceitos de diversificação e uso sustentável da terra na Amazônia. Integra-se aos plantios florestais, pomares e regeneração da vegetação natural degradada.