Pesquisa e extensão implantam em Lábrea novas variedades de feijão caupi

Aproveitando a descida das águas, que deixa o solo das várzeas fertilizado e apropriado ao plantio de grãos, técnicos da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM) e do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Estado do Amazonas (Idam), deram continuidade às atividades de transferência de tecnologia no município de Lábrea. Com recursos do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa – PAC Embrapa foram realizados neste mês de agosto dois cursos de capacitação além da implantação, em área de produtor rural, de Unidades Demonstrativas de feijão caupi (feijão de praia) com sete novas variedades da cultura: Xique-xique, Paraguaçu, Nova Era, Guariba, Traquateua, Ipean V69 e Caldeirão, que se destacam pela ótima produtividade e maior valor nutricional.
O primeiro curso realizado em 5 de agosto sobre “colheita, beneficiamento, secagem e armazenamento da cultura do feijão caupi em área de terra firme”, contou com a participação de 23 agricultores. Nos dias 6 e 7 de agosto, a procura foi ampliada para 41 produtores rurais que compareceram ao auditório da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), para participarem do segundo curso: “prática de implantação do feijão caupi em área de várzea”, ministrado pelos técnicos Antonio Sabino Rocha (Embrapa) e Pedro Barros (Idam).
Além dos técnicos da Embrapa e do Idam, participam dos trabalhos do PAC Embrapa, extensionistas da Unidade Local do IDAM em Lábrea, que selecionaram a comunidade e os produtores onde as Unidades Demonstrativas foram instaladas, bem como orientaram os agricultores na realização das práticas recomendadas pela pesquisa para a boa condução dos cultivos do feijão. O próximo passo, segundo os instrutores, será a adubação nitrogenada prevista pra daqui a 20 dias. A colheita vai ocorrer no prazo de 60 a 75 dias, ocasião em que os produtores poderão escolher qual a melhor variedade de feijão que atende às suas necessidades, tais como: produtividade, sabor e valor de mercado. Agricultores e técnicos acompanharão nos próximos meses o desenvolvimento da cultura recebendo capacitação, com abordagens práticas de manejo, colheita, secagem de grãos e armazenamento de sementes.
A parceria entre a pesquisa e a extensão rural objetiva levar aos agricultores tecnologias que possam aumentar a produtividade da cultura e, assim, ampliar a oferta de alimentos, garantir a segurança alimentar daquelas populações e proporcionar aos agricultores a comercialização do excedente produzido.