Agricultor familiar com apoio e assistência técnica do IDAM investe na cultura do guaraná em Codajás

Conhecida como a terra do açaí o município de Codajás agora dá os primeiros passos para iniciar a produção de guaraná. Com apoio e assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), o agricultor familiar Edmilson Silva, iniciou na primeira semana de julho, o trabalho com a cultura. Cerca de 300 mudas de guaraná já estão em um viveiro provisório na propriedade do agricultor, localizado na estrada Codajás Anori, km 12.

O objetivo é incentivar a cultura do guaraná na região. Por isso, a propriedade do agricultor Silva será referência no município para os demais agricultores que desejam investir na atividade. “É sempre bom investir em novas atividades, eu que sempre trabalhei com o cultivo do açaí, cupuaçu, mandioca e banana, agora estou apostando no plantio do guaraná”, disse Silva, ao acrescentar que pretende aumentar o plantio para 500 mudas.

O técnico do IDAM em Codajás, Francislei Furtado, está fazendo o acompanhamento das 300 mudas que já estão em viveiro provisório. Segundo ele, a área definitiva que receberá as mudas está sendo preparada. “Vamos acompanhar esses pequenos projetos, que no futuro poderão despertar o interesse de outros produtores a desenvolver a cultura do guaraná como alternativa de renda, além disso, o guaraná pode ser consorciado com o açaí, aproveitando assim a área de cultivo”, destacou.

Cultura – O guaranazeiro (Paullinia cupana var. sorbilis) é originário da Amazônia e cultivado tradicionalmente em pequenas propriedades rurais. A cultura encontra-se em expansão no Brasil, principalmente nos estados do Amazonas, Bahia e Mato Grosso, em decorrência, da demanda de sementes do guaraná pelas indústrias de bebidas, farmacêuticas e cosméticas nacionais e internacionais.

Conforme dados do IDAM em 2011, no Amazonas essa cultura é praticada, predominantemente, pela agricultura familiar, com registros de cultivos empresariais para seu abastecimento. A área plantada chega em média 6.732 hectares, sendo o município de Maués o principal produtor com aproximadamente 4.700 hectares, seguido dos municípios de Presidente Figueiredo, Urucará, Parintins e Boa Vista do Ramos.