Agricultores participam de Dia de Campo sobre a cultura da mandioca em Rio Preto da Eva

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Foto: Aldizângela Brito

Superando as expectativas, mais de 300 agricultores familiares de Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus) participaram ontem, 18 de novembro, de um Dia de Campo sobre boas práticas agrícolas da produção de mandioca. O evento realizado pelo Governo do Amazonas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM) e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) incentivou o cultivo mais tecnificado da cultura.

A atividade é resultado do convênio Pacto Federativo nº 720332/2009 IDAM/MDA e aconteceu no sítio Fortaleza, localizado na rodovia AM-010, km 135, margem esquerda do ramal do Barcelona, km 1 em Rio Preto da Eva reuniu um público de pequenos e médios agricultores que aprenderam na prática como funciona a cadeia produtiva da mandioca aliada as boas práticas agrícolas.

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Foto: Aldizângela Brito

De acordo com o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do IDAM, José Ramonilson Gomes, o Dia de Campo é um dos métodos mais importantes e valiosos utilizados pela Extensão Rural. “Com essa metodologia conseguimos atingir um número maior de pessoas que recebem as orientações adequadas para a cultura trabalhada, e ao mesmo tempo possibilita fazer com que o agricultor enxergue na prática a importância de algumas tecnologias para a atividade”, disse Ramonilson, ao acrescentar que o objetivo é levar a metodologia para diferentes localidades e trabalhar a cultura que apresenta maior potencial para cada região.

Segundo o gerente da Unidade Local do Idam, José Maria Frade, o município de Rio Preto da Eva possui cerca de 1.500 hectares de terra cultivados com a mandioca,  com uma produção anual de aproximadamente  960 toneladas de farinha. “Atualmente, o número estimado de pessoas envolvidas com o cultivo de mandioca é de 600 famílias, que, além da farinha, produzem outros derivados da mandioca, como a farinha de tapioca, goma e tucupí”, disse.

A propriedade onde foram realizadas as atividades pertence ao agricultor Osvani Torres, 43 anos, e compreende uma área total de 31 hectares. No local, ele e a família trabalham com o cultivo de mandioca e hortaliças. Segundo Osvani, antes de utilizar as novas tecnologias no cultivo de mandioca ele produzia 6 toneladas de farinha, hoje, a produção chega a 20 toneladas.

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A agricultora Rutiene Alves conferindo os subprodutos da mandioca
Foto: Aldizângela Brito

Para a agricultora Rutineia Alves, 20 anos, a iniciativa além de proporcionar conhecimentos ajuda a analisar e corrigir as técnicas que são utilizadas nas propriedades. Rutineia e o esposo José Gil, 50 anos, trabalham com as atividades de piscicultura, avicultura, além do cultivo de mandioca e hortaliças.

Métodos Demonstrados – A metodologia aplicada foi à divisão de estações. Cada grupo de 20 agricultores recebeu orientações sobre a escolha e preparo de área para o cultivo de mandioca, além das vantagens de se trabalhar com área mecanizada. Técnicas de alinhamento, balizamento, espaçamento e abertura de covas também foram destacadas durante o evento.

Os agricultores aprenderam como identificar a qualidade da maniva, uma vez que a escolha do material de plantio vai interferir diretamente na qualidade do produto. Hoje, 45% da produção de farinha de mandioca é produzida no Amazonas e os outros 50% ainda vem de outros Estados.

Para o secretário de Estado da Produção Rural, Valdenor Cardoso, sementes e mudas de qualidade estão entre as limitações para expansão agrícola, mas, durante o Dia Campo foi demonstrado em uma das estações que é possível fazer a multiplicação rápida de maniva-semente, e essa é uma técnica fácil e que pode ser repassada aos agricultores para superar esse gargalo que ainda existe no campo.

O município de Rio Preto da Eva já possui um viveiro com quatro câmaras de propagação e duas de enraizamento com a capacidade de multiplicar de uma única vez 10 mil mudas.

As principais pragas e doenças que afetam o cultivo da mandioca e a higienização na fabricação do produto foram pontos importantes abordados nas estações. A higiene, por exemplo, não deve ser aplicada apenas no local de beneficiamento do produto, mas, também ao produtor que vai conduzir todo o processo. E finalizando a atividade os agricultores receberam orientações sobre colheita, comercialização e custo de produção.

Dia de Campo – É um método planejado que visa mostrar uma série de atividades em uma mesma propriedade, realizado em um dia, com a finalidade de despertar interesse e motivar o público beneficiário a adotar determinada tecnologia que está sendo apresentada, além de divulgar os serviços prestados pela Ater e promover a integração dos diversos atores envolvidos, a níveis municipal, regional e até mesmo estadual.

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Foto: Aldizângela Brito

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