Certificação Orgânica e Fairtraid da Castanha do Brasil e do Cacau

O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), por meio do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Florestal – DATEF, da Gerência de Apoio a Produção Não-Madeireira(GPNM) e a Unloc Manicoré, apoiaram a Oficina de Capacitação sobre a Certificação Orgânica e Fairtrad (Comércio Justo) da Castanha-do-Brasil e Cacau, no período de 16 a 19 de março, no Município de Manicoré.
A oficina foi desenvolvida graças ao convênio celebrado entre a SUFRAMA e ADS, que foi ministrada pelos técnicos contratados pela empresa OriginalTrade/ADS e pela Gerente da GPNM, Quênia Barros.
As comunidades visitadas e capacitadas foram: Novos Prazeres, São José do Atininga e Democracia. O público alvo foram castanheiros e agricultores familiares envolvidos com a cadeia de valor da Castanha-do-Brasil e do Cacau.
Foram realizadas oficinas informativas sobre a certificação orgânica e do comércio justo e demarcação das áreas de produção por GPS. A oficina teve como proposta subsidiar as ações para concretização da certificação orgânica e fairtrade (comércio justo), para planejar ações que visem à implementação do controle e melhorar as condições de produção, coleta, transporte, armazenamento, beneficiamento e comercialização, de forma que esta esteja de acordo com os critérios das certificações orgânicas e fairtrade. Durante as oficinas foram desenhados, de forma participativa, os mapas das cadeias de valor (castanha-do-brasil e cacau), citando as etapas de todo o processo da cadeia, como materiais adquiridos para a realização inicial dos trabalhos em campo, transporte, armazenamento, beneficiamento e comercialização. Em seguida foram identificados quais os atores envolvidos em cada etapa da cadeia, elos e acordos entre os mesmos. Ainda no mapeamento, foram identificadas as instituições apoiadoras e reguladoras que poderiam prestar serviços nestas cadeias para a região.
Esta metodologia serviu para orientar nas ações para promoção do desenvolvimento econômico com inclusão social e produtiva de Povos e Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares (PCTAF’s) a partir de uma perspectiva de cadeia de valor, com respeito às especificidades culturais e a manutenção da qualidade ambiental, ou seja, com a perspectiva da sustentabilidade dos meios de vida das populações tradicionais.
O foco das oficinas foi sempre mostrar que as certificações (orgânicas e do comércio Justo) são instrumentos de acesso a mercados qualificados. Isto é: Os produtos certificados na garantia de melhores mercados/vendas, bem como, através desta parceria, fornecer conhecimento essencial sobre maneiras de melhoramento da participação dos PCTAF’s no processo de análise e tomada de decisões e de melhoramento do nível de emprego e renda.