Em Tabatinga, Idam incentiva agricultores para o trabalho com meliponicultura

A meliponicultura é a criação de abelhas nativas sem ferrão, e vem ganhando espaço entre os agricultores familiares ribeirinhos e de terra firme do município. Ao todo são 258 colméias criadas em caixas racionais, distribuídas em 13 comunidades, sendo 4 delas em terra firme e 9 em área de várzea. Em Tabatinga, a Unidade Local do Idam vem trabalhando no sentido de organizar prioritariamente os agricultores, a fim de cadastrá-los junto ao Ibama para o licenciamento da atividade. O procedimento é necessário por se tratar de animais silvestres. Segundo o gerente da Unloc, Jânio Amorim, todas as colônias estão sendo cadastradas e identificadas, individualmente, para fins de monitoramento e acompanhamento produtivo. “Trata-se de uma atividade considerada nova no município, e vem merecendo apoio e incentivo, visando o fortalecimento da atividade,” disse.
O apoio consiste na prestação de assistência técnica nas diversas modalidades trabalhadas pelo Idam como: cursos, palestras, Demonstrações de Métodos, elaboração de Projetos de Incrementação e visitas de Assistência Técnica e Extensão Rural – Ater, juntos aos agricultores e suas famílias.
O trabalho nesta fase consiste em criar as abelhas da espécie jandaíra para multiplicação, ou seja, não objetiva a extração do mel nesse primeiro momento, pois tal finalidade ocorrerá após se estabelecer uma quantidade de colméias consideradas satisfatórias, com média de 15 a 20 colméias/agricultor. De acordo com Jânio, além da mandioca e da pesca, principais fontes de renda das famílias rurais da região, o Instituto pretende incrementar esta nova alternativa de agregação de renda às famílias assistidas, o que deve ocorrer em médio prazo. “Os agricultores estão animados, quanto às novas atividades trabalhadas, garantiu. A expectativa agora gira em torno do funcionamento da Usina de Beneficiamento de Mel que está sendo instalada, no município de Benjamin Constant. “O espaço vai permitir com que os nossos agricultores possam beneficiar todo o mel produzido na região do Alto Solimões”, finalizou o gerente.
A atividade recebe o apoio do Projeto de Desenvolvimento Regional do Amazonas para o Zona Franca Verde – Proderam.