Produção Integrada de Citrus tem projeto aprovado no Amazonas

Um montante equivalente a 800 mil reais foi liberado pelo Fundo de Amparo a Pesquisa do Amazonas – FAPEAM e pela Secretaria de Produção Rural do Amazonas – Sepror para colocar o Projeto em prática. Vai ser o primeiro do Estado e inicialmente vai envolver entre 5 a 10 produtores. Um deles é o presidente da Associação Amazonense de Citricultores – Amazoncitrus, Ozíris Silva, que trabalha com a cultura desde 1975. A propriedade pertencente ao agricultor, localizada na BR 174, Km 15, possui toda infraestrutura de apoio aos pesquisadores que estarão atuando direto no Projeto. Hoje de manhã, uma comitiva formada por representantes do Idam, Sepror, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Amazoncitrus, MAPA, Embrapa Amazônia Ocidental e Ufam estiveram reunidos no auditório do Sistema Sepor, na avenida Buriti, para definir as primeiras ações a serem desenvolvidas. Além de Manaus, o município de Rio Preto da Eva também vai ser beneficiado com a implantação de Projeto Piloto. O projeto de Produção Integrada de Citrus vai ser desenvolvido durante três anos e a expectativa do agricultor Ozíris é a mais positiva possível. Ele garante que a PI é o único caminho que viabiliza a produção agrícola na Amazônia.
O pesquisador da Embrapa Mandioca Fruticultura Tropical da Bahia, José Eduardo Borges, não pensa diferente. Segundo ele, o Projeto vai garantir desenvolvimento para a agricultura, de forma mais sustentável e com melhor qualidade. A produção Integrada é um sistema que gera alimentos seguros e outros produtos agrícolas de qualidade pela utilização de tecnologias adequadas. Essas tecnologias garantem a continuidade da produção ao longo dos anos, evitando a degradação do meio ambiente e garantindo a possibilidade de uso dos recursos naturais pelas gerações futuras.
No Amazonas o PI de citrus vai servir para duas teses de mestrado que serão desenvolvidas por alunos da Ufam, sobre Manejos de Plantas Infestantes em Citrus e Manejo de Adubo Verde em Citrus.
De acordo com o engenheiro agrônomo do Idam, Pedro Jorge Benício, o projeto piloto tem a duração de 3 anos, tempo suficiente para os produtores adquirirem grandes resultados. O Instituto tem papel importante na PI, uma vez que é o responsável pela mobilização dos produtores e técnicos, acompanhamento do trabalho no campo, instalação de Unidades Demonstrativas, excursões, entre outros.
A PI beneficia o produtor, tanto na assistência técnica direta, como na racionalização do uso de insumos poluentes, garantindo a ele produtos com mais qualidade e melhor preço, além da certificação. Ela vem sendo considerada pelos pesquisadores como economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa.