Sepror avança na elaboração do Plano de Agroecologia

FOTO: LUCAS SILVA/SEPROR

Fortalecer a produção orgânica no Estado é uma das metas do Sistema Sepror que, em parceria com órgãos ambientais, de pesquisa e instituições ligadas ao tema, está elaborando o Plano de Ação de Agroecologia do Amazonas. O plano envolve três eixos: ações estruturantes, produção agroecológica e comercialização e consumo.

Em reunião realizada esta semana, representantes do Sistema Sepror – Instituto de Desenvolvimento Agropecuário Florestal e Sustentável (Idam), Agência de Defesa Agropecuária Florestal (Adaf), Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa) e Agência de Defesa Sustentável (ADS) – apresentam o esboço final do plano que está sendo finalizado com a contribuição de instituições parceiras  e envolvidas com a temática.

Segundo o coordenador de Agroecologia da Sepror, engenheiro florestal Eduardo Rizzo, cada uma pôde apresentar estratégias para serem incluídas no Plano de Ação.

Entre os presentes estavam representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Rede Maniva de Agroecologia (Rema), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), as Associações de Produtores Orgânicos do Amazonas (Apoam) e Criadores de Abelhas do Amazonas (Acam), as Comissões de Meio Ambiente e de Agricultura, Pecuária, Pesca, Abastecimento da Aleam, Museu da Amazônia (Musa), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Rede Amazônica de Cooperativas e, ainda, agricultores do Ramal do Brasileirinho.

Contribuições – O secretário de Estado da Produção Rural, Hamilton Casara, destaca que o plano tem como principal objetivo fomentar a transição dos sistemas de produção agroecológica e orgânica no Amazonas. Esta etapa do processo, segundo ele, é de articulação com as entidades envolvidas na atividade.

“Vamos somar e utilizar todas as competências do Sistema Sepror, das entidades e instituições ambientais que estão contribuindo significativamente com propostas para o plano. Em outro momento será a vez dos órgãos municipais’’, destacou.

Atualmente, os municípios de Manaus, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Careiro da Várzea e Iranduba têm intensificado a produção orgânica nos Sistemas Agroflorestais. Para isso, o Idam entra com assistência técnica para mais de 120 famílias e a ADS fornece o suporte para a comercialização dos produtos.

Durante encontro de formatação do plano os representantes da Embrapa e Rema destacaram a importância das ações previstas no Plano de Ação, que vão desde as ações estruturantes, produção e comercialização dos produtos agroecológicos e a participação da sociedade no Plano.  Segundo Rizzo, uma nova versão do plano será construída com as colaborações apresentadas pelos parceiros.

Discussão ampliada – A participação de todos os órgãos envolvidos com a cadeia produtiva trouxe uma discussão mais ampla sobre o tema. Para o coordenador de agroecologia da REMA, Eric Brosler, a Rede Maniva que agrega principalmente agricultores, técnicos e consumidores e outros segmentos, além de destacar pontos importantes como a sistematização da produção agroecológica, trouxe para o diálogo outro ponto importante para o setor no Estado. Outro ponto importante, segundo Brosler, e ter mais incentivo a pesquisa nesta área.

“Precisamos sistematizar mais as práticas que já existem, incentivando mais a pesquisa para que ela aumente os parâmetros técnicos, criando mais arranjos produtivos agroecológicos e de produção orgânica. Assim identificamos quais ações são prioritários para que o Estado fortaleça esta atividade’’, ponderou.

Para o pesquisador da Embrapa, Nestor Lourenço, a instituição tem um papel importante na pesquisa e no trabalho de campo com experiências de cultivos como a banana, laranja, floresta, hortaliças, compostagem e outros.

“Neste plano a Embrapa pode contribuir com a capacitação dos técnicos trazendo novidades tecnológicas para esta atividade. Assim como os sistemas de produção, adubação recomendada para essas culturas orgânicas, conservação do solo, como organizar a propriedade e ajudando o produtor a pensar de forma sustentável”, completou.

Fonte: Sepror